Embarque
O embarque é um processo tranquilo, e poderia ser melhor se a agência de viagem seguisse as orientações da Costa.
Recebi um e-mail da Costa nos informando que nosso embarque seria às 14h, porém a agência foi bastante incisiva ao afirmar que deveríamos chegar ao Porto de Santos às 9h.
Chegamos às 9h30 e embarcamos somente às 12h, horas de espera totalmente desnecessárias...
A agência foi totalmente equivocada. Chegar às 9h só gera aglomeração e cansaço.
Num próximo cruzeiro vou chegar mais tarde, sem pressa e sem filas.
Ao chegar ao terminal, você despacha as malas, e recebe um cartão com um número e/ou letra.
No momento do embarque é anunciado pelo alto-falante o navio, o portão e o número de cartão. Por exemplo: "Passageiros do Costa Favolosa com cartão número 6, embarque pelo portão laranja."
Você passa pela conferência de documentação, detector de metais e embarca no navio. Simples e rápido.
Lá dentro, fomos direcionados para o restaurante, onde foi servido o almoço.
Almoço do 1o dia
Essa primeira refeição foi terrível! Tivemos a sensação que o cruzeiro seria péssimo.
Os tripulantes são de várias nacionalidades, são raros os que sabem português, na verdade só vimos 2 pessoas falando português. Alguns falam espanhol e teoricamente todos falam inglês.
Mas a realidade é que no restaurante muitos não dominam o inglês e não sabem espanhol ou português.
Além disso, a maioria dos tripulantes que trabalham nos restaurantes são mau humorados, não prestam atenção ao que dizemos, e já nos interropem antes mesmo de ouvirem a nossa pergunta.
A comunicação é ruim, e para quem tem restrição alimentar, isso traz muita insegurança.
Nesse primeiro almoço, os garçons nem deixavam a gente falar, mandavam de maneira bastante rude sentar na mesa que indicavam.
A sorte é que falamos inglês e meu marido foi firme com o garçon. Só assim para o gerente vir e enfim nos ouvir. Isso foi bem desagradável e uma forma bem ruim de iniciar nosso primeiro cruzeiro.
Para piorar, descobrimos que a informação de dieta gluten free foi registrada apenas para um de nós, e não para os quatro como havíamos solicitado na reserva e confirmado diversas vezes.
Mas como já havia acontecido o estress anterior, o gerente nem discutiu o assunto e corrigiu na hora a informação.
Também foi nesse almoço que descobrimos que a água "de graça", a que todos tem direito, é de díficil acesso. Nós até criamos o termo "Humilhações do cruzeiro", para referenciar as situações constrangedoras que se repetiam diarimente, e o acesso a água é uma delas.
A nossa primeira refeição, o almoço, foi desastrosa. Além desse problema de comunicação, a comida em si estava ruim e o atendimento é muito lento, chegamos para almoçar 12h30, recebemos nossa sobremesa já passava das 14h, parecia castigo e não almoço.
A entrada foi uma salada mista, meus filhos tem 16 e 13 anos, eles comem salada, mas aquela realmente nada dava, era cebola com pepino e queijo. Nem eu consegui.
Depois veio macarrão. O macarrão estava crocante e sem sabor. E por fim, coxa de frango e purê de batata, tudo sem tempero. Parecia comida de hospital. Um dos meus filhos escolheu filé de frango com purê de batata e legumes. Foi o único prato que se salvou.
A sobremesa, a gente chamou de castigo. Podiamos escolher entre Bagatela, Sorbet de limão ou Sorbet de Soja.
Perguntamos o que é Bagatela, e o garçon não sabia dizer. Com base nos pratos anteriores, achamos melhor não arriscar, portanto sobraram os sorbets. Quem escolheria sorbet de soja? Eu nem consigo imaginar como é um sorbet de soja...
Ficamos com o sorbet de limão. Azedissímo arght! Nenhum de nós conseguiu terminar o sorbet. Era tão ruim que esqueci de tirar foto!
Saímos do restaurante com medo de passar quatro dias com refeições assim. Bateu uma tristeza e preocupação enorme.
Passeamos pelo navio, que apesar do estilo vintage, com uma decoração meio anos 70, é muito bonito.
No final da tarde, as cabines foram liberadas.